Depois de anos vivendo em uma selva de pedras, decidi mudar radicalmente e resolvi ir morar na roça. Em busca de melhor qualidade de vida e saúde escolhi morar em uma cidade pacata do interior do Maranhão.

Olhando para trás, acredito que fiz a melhor escolha. Longe do extresse da cidade grande, dos intermináveis engarrafamentos, da correria de todo dia. Hoje desfruto mais a minha família e tempo tempo inclusive para escrever um blog, sem falar nos benefícios à saúde.


Nas primeiras semanas após a mudança os dias parecem não terem fim, você parece deslocado e fica se perguntando se foi a melhor coisa a fazer. Mas com o tempo você se acostuma com a nova rotina, tudo é mais perto, não se perde tempo no trânsito, as filas nos bancos e supermercados são menores.

No interior a vida é mais calma, o que não significa que é mais fácil. As rotinas são bem diferentes, mas são igualmente complexas e exigem esforço e perspicácia; os desafios são diferentes, mas os objetivos são mesmos: trabalhar, pagar as contas e tentar dar o melhor para nossa família. 

Quando se fala em morar no interior, infelizmente, ainda é possível notar a existência de preconceito, mas isso parte principalmente de quem não conhece a realidade da vida interiorana. Apesar de serem realidades distintas, não há que falar em melhor ou pior. Cada realidade tem seu lado positivo e negativo. Eu mesmo, apesar de gostar muito do interior, demorei a me decidir em mudar em definitivo da cidade grande. Sempre via o interior apenas como um local para visitar, passar uns dias, relaxar um pouco, recarregar as energias para voltar para selva de pedras e continuar a luta na cidade grande.

Na cidade pequena não tem shopping, não tem teatro ou grande espetáculos músicas ou esportivos, enfim, não há uma série de atrativos e distrações. Por outro lado, temos o contato com a natureza a todo instante, tem um ar mais limpo, temos alimentos mais saudáveis, vegetais e frutas mais frescas.

No interior as pessoas se conhecem e se cumprimentam na rua, os vizinhos se visitam, no fim do dia as pessoas ainda se sentam na calçado para conversar. A criminalidade existe, mas é bem menor. Escola, hospital, comércios ficam a poucos metros de distância.